quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Carta ao meu bem amado.



             Meu amor,

 Encontrei-lhe sem querer em meio a tantas pessoas iguais, vazias, sem paz. Você encontrou-me em meio a tanto barulho, em meio a tantos entulhos, me viu sorrindo no escuro.
 Querido, informo-lhe que o vejo como luz que me guia na escuridão, asas que me tiram do chão, cinto que me mantém firme enquanto atravesso este caminho sem direção. Mas sou apenas uma mulher entre tantas outras por ai, porque então meu amor, você acreditaria justo em mim? Que motivos tens meu bem, para que toda essa fé lhe cubra o peito e faça-te acreditar tão piamente em meu sentimento?
Eu sei que é pouco o que tenho a lhe oferecer, mas você nunca hesitou em aceitar as duas únicas coisas que verdadeiramente são minhas: o meu coração e minha alma. Será que você pensa em mim tanto quanto eu penso em você?
 Mauricio, sempre que tocas minha mão meu peito explode de emoção, minha garganta seca e minha voz hesita toda vez que me fitas com seus lindos olhos verdes, que são tão azuis.
 Prometa-me apenas uma coisa meu anjo, prometa que não irá enjoar desse meu jeito tão bobo e infantil de demostrar amor, e que sempre irá dizer “amo você”?
 Agradeço todos os dias a Deus por ter me colocado tantos caminhos tortos, tantos obstáculos, pois acredite meu amor, são eles que me guiam até você.
 Quando estou distante de ti me corrompo em falsos sorrisos para que os mesmos mascarem meu olhar vazio, pois este entrega absolutamente tudo o que tanto quero esconder dos demais: estou aqui, mas meu pensamento, querido, este está sempre ao seu lado. Mesmo do outro canto do oceano posso lhe sentir, atravesso o inferno para proteger-te. Conheces a velha história do Amargedon? Este não é nem de longe o fim do mundo se você estiver ao meu lado.
Tu és a diferença que procuro e muito mais, apenas acredite que não teremos um final feliz, pois nunca teremos um final, meu amor.

      De sua pequena, Catherine.

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